quinta-feira, 15 de novembro de 2012

AS VERDADES SOBRE A MACONHA



A revista Veja do mês de outubro trouxe uma excelente matéria que, baseada em pesquisas sérias e atuais, comprova o que muitos já sabem e o que outros tentam mascarar: a maconha faz mal a saúde. Acredita-se que um milhão de brasileiros fumam maconha por dia, convencidos de que ela não faz mal nenhum.
Também conhecida como “erva maldita”, a maconha ganha hoje um toque de ‘inocente produto orgânico’. Por isso, não é incomum ver ‘baseados’ sendo acessos sem a menor cerimônia nos mais variados espaços: praças, praias, festas, shows, áreas de lazer dos condomínios, imediações das escolas… Porém, tal ato é considerado crime pela lei penal brasileira.
Comprovação Científica
Segundo a matéria publicada pela revista Veja, a ciência vem produzindo provas de que o consumo da cannabis – maconha – faz muito mal para o usuário crônico (quem fuma um cigarro por semana durante um ano). E se o consumo for na adolescente as consequências são piores e se arrastarão para o resto da vida.
Estudos de treze renomadas instituições de pesquisas, entre elas as universidades de Duke, EUA e de Otago, Nova Zelândia, os pesquisadores acompanharam 1.000 voluntários durante 25 anos. Eles começaram a ser estudados a partir dos 13 anos, em dois grupos: fumantes e não fumantes de maconha. Ao compararem os grupos ficou clara a questão do dano à saúde dos adolescentes usuários de maconha que mantiveram o hábito até a idade adulta, como: queda significativa no desempenho intelectual e baixo rendimentos em testes de memória, concentração e raciocínio rápido.
“Se o usuário crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar muito melhor sem a droga. A maconha priva a pessoa de atingir todo o potência de sua capacidade”, afirma um dos mais respeitados estudiosos no assunto, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo.
Com mais de 220 milhões de usuários no mundo, a maconha é internacionalmente a droga ilícita mais popular, sendo que cerca de 60% são adolescentes. Quanto mais precoce for o consumo maior o comprometimento cerebral.
Legalização
Um dos argumentos para a legalização da maconha é que se ela for vendida legalmente a mesma seria cultivada dentro da lei e industrializada. Haveria aumento de oferta e os preços cairiam. Já os traficantes seriam ignorados e perderiam a sua ‘utilidade’, levando consigo os roubos, assassinatos, corrupção policial que a repressão à maconha provoca. Porém, é valido lembrar que traficante não vende só maconha.
É imprescindível que as evidências científicas sobre os incontestáveis danos da maconha a saúde sejam levados em conta na hora de se discutir a legalização da mesma no Brasil, pois a população só tem a ganhar com isso.
Fonte: http://www.verdadegospel.com/maconha-e-prejudicial-a-saude-diz-revista/

domingo, 11 de novembro de 2012

Curiosidades sobre a Cocaína


cocaína é o principal alcalóide do Erythoxylon coca, seu cultivo ocorre há 5000 anos por nativos dos Andes (Hernández & Sánchez, 1998), atualmente a cocaína é cultivada na América do Sul, mas também em outras regiões, tais como o Ceilão, Java e Índia. O uso da cocá pelas civilizações andinas está relacionado à lenda de Manco Capac, filho do sol, que desceu sobre as águas do Lago Titicaca, para ensinar a agricultura, as artes e o prazer da coca aos homens. Em 1863 foi lançado na Europa o Vinho Mariani, que continha cocaína em sua fórmula.

cocaína obtida nas ruas é adulterada com várias substâncias para “render” mais, por exemplo, manitol, lactose, cafeína, anfetaminas, benzocaína, lidocaína e procaína. No geral, a taxa de pureza da cocaína encontrada não passa de 10%. As vias de utilização são a oral, nasal e endovenosa.

Todo mundo usa...

Muitas vezes ouvimos principalmente dos usuários esta afirmação, no entanto, isto não é verdade, o problema é que talvez o usuário conheça muitas pessoas que usam. No entanto, segundo dados do II Levantamento Domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil (Carlini, Galduróz, Noto & Nappo, 2005), o uso na vida de cocaína foi de 2,9% entre os entrevistados, no último ano 0,7% dos sujeitos pesquisados usaram cocaína, no último mês 0,4% e o número de dependentes desta substância não foi significativo.

Como a cocaína funciona?

A cocaína atua inibindo a recaptação de norepinefrina, dopamina e serotonina na sinapse, desta forma aumentando o nível destes neurotransmissores.

A ação na norepinefrina é responsável pela taquicardia, midríase (dilatação das pupilas), aumento da temperatura, estado de alerta, diminuição do apetite, aumento da energia e vasoconstrição. A euforia e os efeitos psicológicos estão relacionados à ação na dopamina e serotonina e os efeitos anestésicos ao bloqueio dos canais de sódio.

O início do efeito varia conforme a via utilizada. Quando o uso é endovenoso, os efeitos iniciam em 30-45 segundos e sua duração é de 10-20 minutos.

Quando o uso é por aspiração, os efeitos iniciam entre 120 e 180 segundos e a duração dos efeitos é de 1h – 1,5h. O uso fumado apresenta os efeitos em 8 – 10 s e tem uma duração de 5 – 10 min.

O que ocorre na intoxicação por cocaína?

Euforia, sensação de bem-estar, aumento da auto-estima e da vontade sexual, hipervigilânica, midríase (dilatação das pupilas), aumento do peristaltismo, da pressão arterial, taquicardia, inquietação, anorexia (diminuição do apetite), irritabilidade, comportamento agressivo, aumento da ansiedade, pânico, sintomas paranóides, alucinações e delírios podem ocorrer.

Usar mais para ter o mesmo efeito...


A cocaína causa tolerância, isto é, a tendência do indivíduo é aumentar a dose da droga para obter efeitos mais intensos. Uma particularidade no caso da cocaína, é que os usuários ao mesmo tempo que desenvolvem tolerância para alguns efeitos da substância, ficam sensibilizados (ao contrário da tolerância) para outros. Os sintomas paranóides e a agressividade podem se manifestar mesmo com uma baixa dose da substância, enquanto para o sintomas que o sujeito “deseja” a dose tem que ser aumentada.
Abstinência:
Os sintomas de abstinência da cocaína são: depressão, ansiedade, irritabilidade, ansiedade, confusão, insônia, diminuição da energia, hipersonia (aumento do sono), craving (fissura), aumento do apetite.
Complicações:
A cocaína pode causar várias complicações, por exemplo: convulsões (que podem ocorrer dentro de alguns minutos até 12h após o uso), sintomas paranóides o usuário diz estar “espiado”, isto é, com a sensação de estar sendo seguido, observado, etc., os delírios e alucinações paranóides ocorrem em até 50% das pessoas que utilizam esta substância (Sadock & Sadock, 2007). Além das alucinações auditivas e visuais, podem ocorrer as alucinações táteis, quando a pessoa sente insetos caminhando sob a pele, lesões nasais (perfuração de septo), hipertermia (aumento da temperatura corporal), bruxismo, exacerbação de quadros de asma, isquemia do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e morte súbita. Após o uso endovenoso podem ocorrer endocardite, aumento da prevalência das infecções pelos vírus HIV, da hepatite C e hepatite B.

A cocaína aumenta a freqüência cardíaca, a pressão arterial e o vasoespasmo, ocasionando uma diminuição do aporte de oxigênio para o miocárdio (Reskalla & Klonner, 2007). Os eventos coronários podem ocorrer em alguns minutos ou dentro de poucos dias após o uso de cocaína, o maior risco é dentro da primeira hora, mas o risco não está relacionado com a dose e nem com a via de uso. Estudos apontam que o risco de infarto do miocárdio dentro da primeira hora de uso da cocaína é 24 vezes maior do que em pessoas que não usaram esta substância Mittleman M, Mintzer & Maclure (1999).

Há um risco elevado de trombose venosa profunda nos membros superiores, conhecida como Paget-von Schrötter Syndrome. Há também um maior risco de tromboflebites. Entre as complicações renais, a mais comum é a insuficiência renal aguda por rabdomiólise. No trato gastro-intestinal ocorrem isquemias intestinais e colites. As disfunções sexuais também estão entre as complicações desta substância, embora o efeito inicial da cocaína seja um aumento do interesse sexual e um aumento do prazer durante o sexo, o uso crônico pode levar a disfunções sexuais, como impotência e diminuição da libido (Sadock & Sadock, 2007). Há um aumento do risco de contaminação por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) como Sífilis, Clamydia, Gonorréia e HIV. Outra complicação é a hipertermia, isto é, o aumento da temperatura corporal por aumento do metabolismo, vasoconstrição periférica e prejuízo na função do tálamo de regular a temperatura corporal.

A morte súbita em usuários de cocaína pode ocorrer por arritmias ou delírio excitado (agressividade, comportamento bizarro e hipertermia) (Wetli, Mash & Karch, 1996).
Fissura
Craving (em português chamada fissura) é o desejo intenso de usar a substância, os estudos demonstraram que estímulos ou pistas associados ao uso de cocaína aumentam em usuários o metabolismo em algumas áreas do sistema límbico amígdala, giro para-hipocampal e o córtex pré-frontal dorsolateral (Sadock & Sadock, 2007).

Não tem remédio!

No momento não temos uma medicação que seja a “cura” da dependência de cocaína, no entanto alguns estudos apontam que o topiramato (Kampman, Pettinati & Lynch, 2004) mostrou ser útil na redução do uso de cocaína.

Além disto, uma vacina, cujo objetivo é reduzir a entrada de cocaína no SNC está em desenvolvimento. A cocaína é uma molécula muito pequena, e é conjugada com outras moléculas como KLH (Keyhole limpet hymacyaninl), o polietilenoglicol, o toxóide tetânico ou da difteria. Quando conjugada com o KLH houve uma diminuição de 80% dos níveis cerebrais da cocaína, isto é, menos cocaína “entra” no cérebro (Carrera, Ashley, Parsons, Wirschung & Koob, 1995).

Fonte http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/drogas/cocaina9.php